Tenho tido oportunidade de sentir cada vez melhor a reacção do meu corpo após me alimentar.
Já reparam que por vezes temos uma refeição completa e saudável e passado pouco tempo estamos sem energia ou mesmo novamente com fome? Pois bem... cada vez mais estou atenta à qualidade dos alimentos bem como às misturas. É importante termos uma alimentação equilibrada, e para mim não há certo e errado no consumo e mesmo na preparação de comida, há apenas uma consciência do que é melhor para cada um, em respeito pessoal e universal de cada ser. Neste momento estou em conflito interno, pois, apesar de não comer carne acabo por incluir na minha alimentação alguns ingredientes de origem animal, como peixe, ovos e algum queijo. Mas o corpo fica mais denso e pesado. O mesmo se tem passado com as farinhas.... Aqui em Fátima há um pão caseiro que adoro! Todos os dias fazem a entrega ainda quentinho no mini-mercado Jobel.... é uma tentação! Mas se passar uma semana a comer glúten... noto logo mais desconforto abdominal e também fico com a minha energia condicionada. Ontem enquanto tratava das minhas lides domésticas dei com uma receita do Jamie Oliver que tive de experimentar de imediato. A receita original (ver aqui) era um taco de salmão, que de imediato adaptei à minha intuição, do que seria melhor para mim, e assim nasceu a versão de taco vegan. Usufruam daquilo que a natureza no dá, usufruam ao máximo do vosso corpo e do vosso potencial. Tacos (sem glúten)
Picles rápidos ( e delíciosos)
Molho de abacate (versão rápida de guacamole)
O recheio de "carne"
Preparação Coloque a farinha e uma pitada de sal na tigela. Faça uma cova no centro e adicione o azeite e a água. Misture com um garfo, e quando a mistura se juntar, misture levemente sobre a mesa, amassando, até obter uma massa homogênea. Divida em 12 porções para tacos pequenos (15cm de diâmetro), ou 6 para maiores. Eu optei pelos pequenos. Cubra com uma toalha de chá húmida até estar na hora para cozinhar. Deixamos a massa descansar porque os tacos são melhores quando cozinhados por último para que fiquem macios e quentes, esta receita não tem fermento, pelo que não há necessidade de levedar. Descasque a cebola e corte muito finamente. Corte o pepino em meias luas - mas não muito fino. Juntar a cebola, o pepino e o vinagre em uma tigela com uma boa pitada de sal e misture. Deixe até o último minuto para desenvolver um sabor "picle". Cortar o abacate, descascar e cortar grosseiramente para um triturador (podem fazer à mão também esmagando o abacate) juntar o leite de coco, o alho, e a raspa e sumo da lima. Adicione metade da hortelã, picada. Triture tudo até obter um lindo creme verde com textura um pouco grosseira. Só falta preparar o grão. Tenho quase sempre grão cozido no meu congelador. Bastou descongelar com água quente. Numa taça esmaguei-o um pouco e temperei com paprica, pimenta, cominhos e azeite. E chegou a hora de cozinharmos os nossos tacos, basta tender uma bola de massa, coloquem farinha para ajudar, e podem recorrer à ajuda do rolo da massa até ter um circulo com mais ou menos 15cm. Aqueça uma frigideira a fogo médio (deve estar bastante quente) e cozinhe o taco por cerca de um minuto de cada lado ou até o taco apresentar algumas manchas de cor. Não cozinhe demais - você quer que o taco seja macio e flexível. Assim que tirar coloque os tacos sobre o rolo da massa para ficarem curvos ou num outro suporte para ganharem a forma de meia lua. Esprema o excesso de líquido do pepino e reúna todos os ingredientes para preparar a linha de montagem dos tacos. 1º o Taco, como base colocamos o nosso molho de abacate, depois os nossos picles, o grão, e decoramos com pimento, cajus torrados e folhas de hortelã ou de coentros por cima. Podem juntar as sementes que mais gostarem, não tem de ser caju, podem também usar germinados como topping.... usem a vossa imaginação e deliciem-se.
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Comer doces sem culpa? Sim, é possível!
Como? Escolhendo ingredientes puros, e cujo valor nutricional seja uma mais valia para o nosso organismo, de forma a nutrir o corpo e a alma. Esta foi a minha segunda tentativa de fazer um Brownie realmente saboroso e saciante. Não queria que tivesse açúcar nem glúten, e acabou por se tornar numa versão vegan porque não tinha ingredientes de origem animal cá por casa. Desta vez a textura resultou MUITO bem e por isso partilho aqui a receita para que aí em casa possam repetir e usufruir destes mimos para vós. Vão precisar de: 1/2 chávena de leite de arroz (a bebida de arroz já é por si bastante doce, o que substitui o açúcar nesta receita) 80gr de chocolate em barra vegan (se só tiverem Pantagruel em casa.... tudo bem, podem usar, mas atenção! Já tem algum açúcar bem como lactose na sua composição) 2 colheres de óleo vegetal (usei côco mas podem usar sésamo ou mesmo de amendoim) 1 ou 2 colheres (sopa) de cacau puro (2 só para quem é muito guloso) 1 chávena de farinha "3 A´s" (farinha de 2 tipos de arroz e alfarroba, encontram com facilidade no Celeiro e é uma farinha óptima para receitas de bolos de chocolate, se não encontrarem, podem usar uma farinha sem glúten e adicionar 1 colher (sopa) de farinha de alfarroba) 1 pitada de sal 1 colher (chá) de fermento em pó frutos secos a gosto (usei nozes) Como preparar? Pré aqueçam o forno a 200ºC (sim, parece que é o grande truque para ter brownies estaladiços por fora mas húmidos por dentro! Enquanto um bolo normal precisa de cerca de 180º para cozer, este tipo de bolo convém ter uma temperatura mais alta para cozer de fora para dentro, permitindo a textura de brownie). Levar ao lume numa panela a bebida vegetal com o chocolate até derreter. Enquanto isso juntam os restantes ingredientes numa taça, menos os frutos secos. Assim que o preparado anterior esteja pronto, vertem para a taça e misturam tudo. Juntam os frutos e está pronto a ir ao forno. Escolham uma forma quadrada ou rectangular com 20x20cm ou 10 x30cm para esta dose, coloquem papel vegetal antes de verter o preparado e levem ao forno 15 minutos (sim, bastam 15 minutos para estar pronto). Deixem arrefecer um pouco e cortem os vossos quadrados de brownie, e deliciem-se com estas maravilhas. A inspiração desta receita chega través da Isabel e do Joaquim que ontem mandaram uns figos do quintal cá para casa.
Na banca da cozinha os ingredientes começaram a destacar-se e a receita a ganhar forma... Havia pão da Tia Anita, azeite de Fátima, queijo mozzarela vegan, figos frescos, mel da Rosa Albardeira, nozes e ainda tomilho limão dos Aromas d'Oureana. Foi necessário apenas cortar o pão em fatias, regar com um fio de azeite, cobrir com queijo, uma rodela de figo (se forem pequenos coloquem uma metade), cobrir com um fio de mel e levar ao forno durante 10 a 180ºC. Depois deste tempo coloquei nozes e tomilho limão e deixei mais uns minutos no forno para tostar. O resultado? Um snack fácil de preparar, ideal para nos mimarmos, ou partilhar com outros, até mesmo como entradas para um jantar <3 Somos tão abençoados!
Temos a oportunidade de viver num país sem grandes guerras, e que reúne em si diversos paraísos. Nascemos virados para o sol e banhados pela imensidão do oceano. Temos tantas virtudes . Tanto potencial. Tenho muito orgulho de viver aqui e por isso tento honrar a minha vida e o meu corpo em gratidão por tudo o que o universo me tem dado. É importante termos consciência de que o nosso exterior reflete o nosso interior. Acredito que as verdadeiras mudanças acontecem de dentro para fora. Por isso o desafio que vos faço é que olhem para o vosso inferior e dediquem cinco minutos do vosso dia a cuidar e a mimar-vos de verdade. Para fazer uma boa salada que nos alimente o corpo e a alma, é apenas necessário ouvir o nosso corpo . Hoje na marmita trago uma mistura de rúcula, couscous integral bio, pepino, pimento, tomate cereja, azeitonas, mozzarella e sementes de girassol. Para enriquecer está salada, decidi ir até à serra para me conectar ainda mais com a natureza. Saiam da vossa zona de conforto. Explorem o vosso mundo e a vossa verdade interna ❤ É tão fácil cuidar de nós e tão difícil também.
Todos os dias tens oportunidade de cuidares de ti, mas é mais fácil abdicarmos de nós e do nosso bem estar e deixarmos levar na corrente do automatismo do dia a dia. Tu és a pessoa mais importante da tua vida. Permi-te estar contigo. Permi-te cuidar do teu corpo e da tua alma. A sugestão de hoje para alimentar o teu corpo é um "tabule" salada comum do médio-oriente feita com bulgur. Para quem não conhece o o bulgur, é um cereal alternativo, parecido com couscous mas com mais benefícios para o nosso corpo uma vez que é feito a partir de grãos inteiros de trigo, e está isento de gudura.. Além disso ainda nos oferece bastante fibra e uma quantidade considerável de ferro. A preparação é idêntica a do arroz, sendo que fixe muito mais rápido. Para a salada (2pessoas): 2 chávenas (café) de bulgur cozinhado em 4 chávenas de água 1/2 pepino 6 tomates cereja 1 cenoura Pimento vermelho a gosto Grão a gosto Cebola a gosto 1 raminho de salsa 5 folhas de hortelã Azeite, limão e sal q.b. Preparação: A parte mais "difícil" da receita é picar os legumes e as aromáticas. Depois basta temperar com azeite, sal e limão e adicionar o bulgur. Deixo a sugestão de acompanhar a salada com agrião, abacate e manga, ou mesmo amendoim torrado. Para alimentar a alma, a sugestão é usufruíres do teu almoço num lugar diferente, onde possas estar contigo. Hoje é um bom dia para cuidarmos de nós.
Estamos a poucos dias de receber a Primavera. Saímos de um período de recolher interno para agora receber este equinócio com a sua energia de prosperidade e abundância. Por isso a minha sugestão de hoje são estas bolinhas energéticas sem açúcar e sem glúten. Além de ser uma receita super rápida e prática de fazer, podem ser conservadas no frigorífico num recipiente fechado durante 10 dias, ou no congelador cerca de 3 meses. Ingredientes: 1 chávena de figos secos previamente demolhados (durante a noite ou algumas horas em água quente) 1 chávena de amêndoas previamente demolhadas (em especial em caso de problemas digestivos) 3 colheres (sopa) linhaça dourada moída 1 colher (sopa) de farinha de alfarroba 1 colher (café) de canela (ajuda a controlar a libertação de açúcar para o sangue) 1 colher (café) tomilho-limão (ajuda no equilíbrio do nosso 5º chakra) 1 colher (sopa) de geleia de arroz (ou mel se preferirem) Preparação Triturar os figos e a amêndoa com uma liquificadora (ou picadora) até ficar em forma de areia. Colocar numa taça e mistutar todos os ingredientes até formar uma massa/pasta (se necessário juntar água ou alfarroba até atingir a consistência necessária para formar bolinhas). Moldam-se as bolinhas e por fim podem ser cobertas com farinha de amêndoa, alfarroba, linhaça moída, etc. Levar ao frigorífico para ficarem duras, ou consumir de imediato, mas em moderação. Hoje o meu amigo Fernando faz anos!
A distância física não me permite comer uma fatia do seu bolo de aniversário.... mas eis que na conversa surge o tema dos bolos de caneca.... Eu pessoalmente não gosto de usar microondas, mas estes bolos podem ser feitos num forno convencional (demoram um pouquinho mais a cozer, mas pelos benefícios ao nosso corpo, vale a pena esperar). A receita de hoje é vegan e sem açúcar. Para uma chávena precisam: 4 colheres (sopa) bebida vegetal de amêndoa (ou água) 1 colher (sopa) agave (ou outro adoçante natural) 2 colheres (sopa) manteiga de amendoim (a minha é caseira e já tem um pouco de óleo de côco, se a vossa não tiver, adicionem 1 colher (café) de óleo de côco) 1 colher (chá) de fermento 3 colheres (sopa) de farinha (usei 2 de amêndoa e 1 de trigo) baunilha q.b. pepitas de chocolate (uso cacau cru) a gosto Misturam tudo numa chávena, levam ao microondas durante 3min ou ao forno convencional 10/15min a 180ºC. Gosto de acompanhar com uma "noz" de manteiga de amendoim por cima, que se fica a derreter. Parabéns Fernando, o bolo está uma delícia <3 a nossa Oureana vai dar um Workshop onde vamos explorar em conjunto o poder das aromáticas.
Como sabem, as minhas receitas vêem da alma e dia 4 de fevereiro vamos preparar três receitas de base vegetariana sob inspiração de 3 ervas aromáticas. O workshop irá começar com uma explicação dos benefícios de três ervas, neste caso o tomilho-limão, o tomilho-bela-luz e a erva-príncipe. Com estas aromáticas vamos preparar uma infusão e fazer 3 experiências culinárias com as mesmas. Iniciamos com bolinhas energéticas de figo e tomilho limão. Depois vamos explorar o tomilho bela-luz com cogumelos salteados e por fim terminamos com uma delícia de maçã com erva-príncipe. Receitas simples, fáceis e rápidas, que nos vão ajudar a usar o poder das aromáticas da melhor forma. Inscrições/Informações: 961 137 020 ou 916 573 768 | Custo: 30€ | duração: 3 horas | limitado a 7 participantes A receita deste bolo surgiu ainda no ano passado na preparação para uma viagem incrível até às origens. Sempre que me falam deste bolo lembro do carinho e da doçura partilhada nesse fim-de-semana. E meio em saudade e em gratidão, partilho hoje a receita do bolo.
O receita foi baseada no livro "Cozinha Vegetariana para quem quer ser saudável" da Gabriela Oliveira. Para esta versão precisam para o bolo: 2 chávenas de farinha (podem usar de espelta ou sem glúten se preferirem" 2 chávenas de farinha de centeio integral 1 chávena de açúcar amarelo (ou 1/2 de açúcar de côco) 6 colheres (sopa) de farinha de alfarroba 1 colher (chá) gengibre ralado 2 colheres de linhaça moída 1 colher de sopa de fermento em pó 2 chávenas de leite vegetal 2 colheres (sopa) óleo de côco 1 colher (chá) extrato de baunilha Para preparar este bolo, coloco todos os ingredientes na batedeira e deixo que ela prepare uma massa bem leve (semelhante a uma mousse). Deixo por uns 10/15min, que é o tempo de preparar a forma e pré aquecer o forno a 180ºC. Uso uma forma de 22cm e barro com creme vegetal, e forro o fundo com papel vegetal. Depois verto a massa e deixo no forno cerca de 55 min. Se o bolo começar a q na parte de cima, coloquem uma folha de alumínio sobre a forma. Verifiquem a cozedura do bolo com um palito. Neste caso é importante que o bolo esteja húmido por dentro, pelo que o palito deve sair com alguma massa. Retiro a forma e deixo arrefecer completamente. Depois desenformo com cuidado, pois o ideal é o bolo estar com o interior quase como uma mousse. Se quiserem podem rechear o bolo, ou fazer apenas metade da receita para ter um bolinho normal (deixem cozer no forno apenas por 30min), e decorar a gosto, com os melhores mirtilos do mundo, nozes... o que a vossa imaginação sugerir. Espero que gostem e que partilhem a vossa doçura pelo mundo. A nossa Doce Oureana tem andado recolhida.
Com o novo ano surgiram alguns compromissos e uma vontade interna de despertar e partilhar com vocês aquilo que tenho vindo a aprender, mas tudo tem um tempo para acontecer. A maioria das receitas que coloco são experiências intuitivas daquilo que o meu corpo pede. Curiosamente, 90% das receitas são vegetarianas ou vegan. Tento respeitar ao máximo o que o meu corpo pede, e esse é também o desafio que vos deixo. Respeitem o vosso corpo, tomem consciencia daquilo que é a vossa vontade e daquilo que é o vosso ego. Nem sempre é fácil separar as águas, mas com alguma disciplina e vontade, começamos a formar a luz naquilo que parece ser apenas escuridão. Para confortar a alma, deixo-vos como sugestão o meu almoço de hoje <3 Ingredientes (para 2/3 doses): 1/3 de alho francês 1/2 batata doce amarela 1/2 batata doce roxa 1 fatia de abóbora 1/2 cabeça de brócolos Tofu q.b. (podem substituir por cogumelos) Sementes de funcho Pimenta preta Sal Óleo de sésamo Sementes de girassol Coentros vietnamitas frescos (ou salsa fresca) 2 porções de Quinoa cozida (como sabem, gosto de ter quinoa pronta, uso uma chávena (café) para porção de 1 pessoa e cozo em 2 medidas de água) Preparação: Começem por preparar os brócolos. Basta cozer um pouco em água temperada com uma pitada de sal. Enquanto isso, coloquem ao lume uma frigideira a aquecer e um pouco de óleo de sésamo. Cortem o alho-francês e deixem alourar juntamente com as sementes de funcho. Descasquem e cortem em cubos as batatas, a abóbora e o tofu e adicionem ao alho, juntando uma concha de água de cozer os brócolos. Abafem com uma tampa para deixar estufar por 15 minutos. Adicionem os brócolos e deixem apurar mais um pouco e equilibrando os sabores com um pouco de sal e pimenta preta. Como sugestão de apresentação, e para enriquecer o estufado, podem empratar a quinoa com a ajuda de uma chávena (passam a chavena por água, enchem com quinoa e vertem no prato para fazer o "montinho"), ao lado colocam o estufado e cobrem com sementes e com um pouco de coentros. Lembrem-se, cuidem do vosso centro. Cozinhem com amor <3 |
Ana OliveiraDescobri a paixão pela cozinha muito cedo. Percebi que, sempre que cozinho com amor, estou a levar essa energia para as pessoas com quem partilho os pratos que faço. Arquivo
February 2018
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